Contos negros (ePub)
(Sprache: Portugiesisch)
Em muitos lugares brasileiros, ainda persiste o costume de contar histórias...
Em geral, em torno de uma fogueira. É só ficar de mão no queixo, sentado em cima das toras, escutando. O círculo das caras atentas arde ao calor das chamas. Todos se voltam para...
Em geral, em torno de uma fogueira. É só ficar de mão no queixo, sentado em cima das toras, escutando. O círculo das caras atentas arde ao calor das chamas. Todos se voltam para...
sofort als Download lieferbar
eBook (ePub)
Fr. 7.50
inkl. MwSt.
- Kreditkarte, Paypal, Rechnung
- Kostenloser tolino webreader
Produktdetails
Produktinformationen zu „Contos negros (ePub)“
Em muitos lugares brasileiros, ainda persiste o costume de contar histórias...
Em geral, em torno de uma fogueira. É só ficar de mão no queixo, sentado em cima das toras, escutando. O círculo das caras atentas arde ao calor das chamas. Todos se voltam para o narrador, num tropismo original.
Não é que o tempo esteja sobrando, não é isso. Em verdade, não existe mais o tempo. Acabou-se o seu império sobre os homens. Não se cuida nem da hora, nem do correr dos instantes. O tempo é o fluir da história. Tempo e espaço se contam na vida dos príncipes e das princesas e do seu povo encantado.
Assim, a história vem lenta. Assim, vem comprida. Com repetidos pormenores, cumulativa, misteriosa e sutil, dentro do sutil da noite misteriosa. Transportamo-nos para um outro mundo habitado por duendes e fantasmas, por espíritos bons, pelos bichos que falam. Coisa linda de se ouvir e de se viver. A empatia é tanta, que estamos tão do lado de lá, quanto Alice no País dos Espelhos. Dá pena haver crianças que nunca ouviram casos narrados assim.
Estas histórias são, pois, nossas, brasileiras e africanas, genuínas e espontâneas, inventadas pelo povo. Correm por aí (ainda, mas não por muito tempo). Cumpriram e cumprem a contento a alta função principal das histórias: a de entreter. E, através do entretenimento, realizam, certamente, esta coisa extraordinária: predispõem-nos ao amor do Bem, do Belo e do que é Nosso. Mais não lhes poderemos pedir.
Em geral, em torno de uma fogueira. É só ficar de mão no queixo, sentado em cima das toras, escutando. O círculo das caras atentas arde ao calor das chamas. Todos se voltam para o narrador, num tropismo original.
Não é que o tempo esteja sobrando, não é isso. Em verdade, não existe mais o tempo. Acabou-se o seu império sobre os homens. Não se cuida nem da hora, nem do correr dos instantes. O tempo é o fluir da história. Tempo e espaço se contam na vida dos príncipes e das princesas e do seu povo encantado.
Assim, a história vem lenta. Assim, vem comprida. Com repetidos pormenores, cumulativa, misteriosa e sutil, dentro do sutil da noite misteriosa. Transportamo-nos para um outro mundo habitado por duendes e fantasmas, por espíritos bons, pelos bichos que falam. Coisa linda de se ouvir e de se viver. A empatia é tanta, que estamos tão do lado de lá, quanto Alice no País dos Espelhos. Dá pena haver crianças que nunca ouviram casos narrados assim.
Estas histórias são, pois, nossas, brasileiras e africanas, genuínas e espontâneas, inventadas pelo povo. Correm por aí (ainda, mas não por muito tempo). Cumpriram e cumprem a contento a alta função principal das histórias: a de entreter. E, através do entretenimento, realizam, certamente, esta coisa extraordinária: predispõem-nos ao amor do Bem, do Belo e do que é Nosso. Mais não lhes poderemos pedir.
Autoren-Porträt von Ruth Guimarães
RUTH GUIMARÃES, romancista, contista e tradutora, foi especialista em folclore. Passou a infância numa fazenda que o pai administrava, no sul de Minas Gerais. Brincava com os filhos dos trabalhadores e deles ouviu causos, fábulas, histórias de príncipes, histórias de assombração. Ela diria, mais tarde, que as histórias de lobisomens, de mulas sem cabeça, bruxas e toda a corte demoníaca, povoavam a sua memória. Para se libertar desse medo, começou a reunir todas as histórias que ouviu. Aos 20 anos, já morando em São Paulo, mostrou seu trabalho a Mário de Andrade, que a orientou por alguns anos sobre as técnicas de pesquisa folclórica. Esse importante livro, Filhos do medo, foi lançado em 1950. Ruth Guimarães publicou, ao longo dos seus 93 anos de vida, 51 livros, entre os quais oito voltados para histórias recolhidas da tradição oral. Ocupou a cadeira 22 da Academia Paulista de Letra.
Bibliographische Angaben
- Autor: Ruth Guimarães
- 2023, 1. Auflage, 128 Seiten, Portugiesisch
- Verlag: Faro Editorial
- ISBN-10: 658604183X
- ISBN-13: 9786586041835
- Erscheinungsdatum: 11.04.2023
Abhängig von Bildschirmgrösse und eingestellter Schriftgrösse kann die Seitenzahl auf Ihrem Lesegerät variieren.
eBook Informationen
- Dateiformat: ePub
- Grösse: 5.16 MB
- Mit Kopierschutz
- Vorlesefunktion
Sprache:
Portugiesisch
Kopierschutz
Dieses eBook können Sie uneingeschränkt auf allen Geräten der tolino Familie lesen. Zum Lesen auf sonstigen eReadern und am PC benötigen Sie eine Adobe ID.
Family Sharing
eBooks und Audiobooks (Hörbuch-Downloads) mit der Familie teilen und gemeinsam geniessen. Mehr Infos hier.
Kommentar zu "Contos negros"
0 Gebrauchte Artikel zu „Contos negros“
Zustand | Preis | Porto | Zahlung | Verkäufer | Rating |
---|
Schreiben Sie einen Kommentar zu "Contos negros".
Kommentar verfassen