Interações entre abelha e parasitoide: comportamento e manipulação

A abelha solitária pesquisada neste trabalho é a Centris analis, coletora de óleo e que nidifica em cavidades pré-existentes. Para facilitar sua nidificação, desenvolveu-se na Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto, a técnica de ninhos-armadilha, confeccionados com cartolina, que vamos conhecer melhor a partir de agora. Este trabalho mostra resultados de pesquisa com essa técnica, relacionando os comportamentos considerados atípicos nas fêmeas de C. analis com o parasitoide Physocephala, depois que se confirmou o papel de hospedeiro das abelhas. Um total de 26 fêmeas e 9 machos foram encontrados mortos dentro de ninhos-armadilha vazios. Semanas depois, encontraram-se insetos dípteros, da família Conopidae (Physocephala) dentro dos tubos que estavam as abelhas. De onde vieram esses insetos, se até alguns dias atrás havia apenas a abelha no tubo fechado? Foi possível demonstrar também que o ninho-armadilha é uma ferramenta de ensino\aprendizagem que rompeu os limites emuros da Universidade, mostrando evidências e revelando uma oportunidade para o professor que investiga e o pesquisador que ensina.